Quilombos do Maranhão: História, luta e resistência
Força. Voz. História. Luta. Resistir. Sempre resistir. Visitar Quilombos é sempre uma experiência forte e impactante. Visitar Quilombos no Maranhão, o estado que mais abriga Quilombos no Brasil, é uma experiência transcendental! Pegamos a estrada logo cedo pois o caminho ia ser longo. Entramos no carro sem saber o que nos aguardava. Os olhares da EDUCAFRO conseguiam vislumbrar as belíssimas paisagens de São Luís. Quanta vida, quanta natureza, quanta beleza. Após algumas horas de estrada, começamos a viver a experiência de uma forma real ao perceber as arvores e postes com marcações característica de um Quilombo. Era o nosso povo se mostrando, lutando e preservando as terras que são deles por direito.
Descemos do carro, acompanhados pelo Secretário de Igualdade Racial Gerson, e entramos em uma casa que exalava história e paixão. Era a casa de Ana Cleta, uma grande líder do Quilombo Santa Rosa dos Pretos. Sentamos ao lado dela, seu filho e seus aliados. E ali, viajamos no tempo. Conhecemos a dor da matança dos jovens que saíram dos Quilombos para tentar a vida na cidade. Conhecemos o orgulho de saber que mais de 300 jovens quilombolas da região terminaram o ensino médio no quilombo. Conhecemos a felicidade de Ana Cleta, que viu seus três filhos se formarem. Conhecemos a luta em saber que a Região de Santa Rosa dos Pretos abarca cerca de 20 Quilombos do município de Itapecuru, mas que 4 deles já foram desolados. Conhecemos a resistência do nosso povo ao entender que a alegria pelas festas do Divino, pelo Tambor de Crioula e muitos outros símbolos da cultura ainda estão vivos.
Sim, nós conhecemos a vida que emana daquele lugar. Entendemos que ali vivem pessoas incríveis, inspiradoras, capazes e cheias de vontade de lutar. É o nosso povo, são as nossas raízes. A história de liberdade do Quilombo Santa Rosa dos Pretos vem sendo aos poucos retiradas, com a construção das estradas, com a divisão das terras e com a ganância do mundo. Mas a luta e a resistência continuam. E não param de crescer, no coração e nas ações de Ana Cleta e todo o povo daquele Quilombo.
Nós da EDUCAFRO saímos daquele lugar enriquecedor com uma missão: Levar um documento para fomentar a criação de um Centro de Referência em Santa Rosa dos Pretos para o Governador Flávio Dino. E com orgulho podemos dizer que o Centro de Referência vai se tornar um realidade. Mas sonhamos com o dia em que muitos outros sonhos quilombolas se tornem realidade! O sonho de encontrar mais quilombolas estudando, mais quilombolas no mercado de trabalho, mais quilombolas inspirando o mundo!
No que depender de nós, povo e comunidade EDUCAFRO, esses sonhos vão ser reais! Pois a força que vem do quilombo nos inspira a fazer mais!
UNESCO publica: "Coleção História Geral da África" em português
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) acaba de publicar os oito volumes de "História Geral da África" em Português! A coleção é uma grande oportunidade de enriquecimento cultural, empoderamento e africanização.
"Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos"
Acesse a obra agora mesmo: https://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese_pdf_only/
DESTAQUE - EDUCAFRO NA IMPRENSA
A EDUCAFRO ORIENTA:
Estudem o tema DAS FRAUDES NAS COTAS PARA NEGROS.
É O GRANDE O DESAFIO PARA A COMUNIDADE NEGRA NESTE ANO DE 2018.
Leia com atenção:
https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,analise-fraudes-precisam-ser-combatidas,70002149020
NOTÍCIAS CANÇÃO NOVA - 17 DE JANEIRO DE 2018
COM O TRABALHO DA EDUCAFRO, REFUGIADOS E IMIGRANTES ESTÃO INGRESSANDO NAS UNIVERSIDADES!
https://www.youtube.com/watch?v=-8WFMih2CFw
EDUCAFRO tem como o foco a educação de jovens negros
https://www.youtube.com/watch?v=NfpqxwZOOtg
Repórter São Paulo
No AR em 22/11/2016 - 14:55
O Repórter São Paulo recebeu o Frei David, presidente da ONG EDUCAFRO, que falou sobre o combate ao racismo e a desigualdade.
https://www.youtube.com/watch?v=4-uTSWm0fnM
Universitários quilombolas realizam bate papo
Universitários quilombolas realizam bate-papo na comunidade
A noite de 20 de julho de 2016 foi diferente no Quilombo São Pedro. Os universitários Luiz Eduardo de França Dias, 18, que cursa Fisioterapia; Matheus Ribeiro da Silva,18, e Wesley Silva de Almeida, 21, ambos estudantes de Direito deram uma aula sobre Políticas Públicas, sistema de cotas, universidades, educação básica, situação política atual do Brasil, escravidão, entre outros assuntos. Ao todo são 5 universitários quilombolas do Vale do Ribeira hoje em São Paulo, através da Ong Educafro.
Os estudantes relataram as experiências obtidas sobre a vida na universidade na cidade grande, bem como a necessidade de mais jovens acessarem os espaços que sempre foram negados ao povo negro. Segundo Silva, que é do Quilombo Ivaporunduva, “o nosso lugar é na universidade pública e não na particular”, diz; pois “precisamos da universidade pública, porque não temos condições de pagar”, reforça Dias, apontando a necessidade de reflexão sobre o sistema atual das universidades no Brasil.
As cotas nas universidades públicas também foi tema abordado pelos jovens. Segundo eles, estudos comprovam a eficácia do sistema, quando comparados alunos cotistas com aqueles que ingressaram pelo sistema convencional. “As cotas vem para equiparar. Se os negros não estão ocupando as universidades não é atoa, é porque algo lá atrás aconteceu... trata-se de uma dívida histórica e nada mais é do que a escravidão”, afirma Silva. Entre diversas perguntas e respostas eles ressaltaram a importância do Frei David, fundador e Diretor Executivo da ONG Educafro (Educação e Cidadania para Afrodescendentes e carentes) na luta pelo acesso e permanência do pobre e negro na Educação Superior. Além disso, dicas não faltaram no evento. Almeida, por exemplo, afirmou em tom de apelo que “O ENEM é que abrirá todas as oportunidades para vocês [jovens]”, direcionando-se para os jovens e reiterando a importância do Exame Nacional do Ensino Médio. Segundo ele, há omissão por parte do sistema educacional se tratando da qualidade da Educação básica, o que acarreta na má formação acadêmica do jovem. Assim, quando o estudante é de zona rural, tendo problemas como falta de ônibus, estradas ruins, alimentação escolar péssima, além de aulas vagas, o resultado é uma defasagem na aprendizagem quando esse mesmo jovem acessa o ensino superior.
O evento foi o 3º bate-papo promovido pela Associação Quilombo São Pedro. No primeiro, a temática abordada foi o Vale do Ribeira, Comunidades Quilombolas, acesso a território; já no segundo, racismo, preconceito, bonecas negras e o negro na mídia foram os temas discutidos. No entanto, este foi mais que especial, pois são os próprios jovens falando para outros seguirem o mesmo caminho de luta. Assim, o recado foi dado: “Estude aquilo que vai te dar um conforto pra poder ajudar a sua família e sua comunidade; e àqueles que não tem mais condições de sair [pra estudar] incentivem os mais jovens”, diz Almeida.
FONTE: https://luizketu.blogspot.com.br/2016/07/universitarios-quilombolas-realizam.html
Militancia via internet pelas COTAS ÉTNICAS NA USP
Caros irmão de luta da EDUCAFRO!
E outros solidários!
gr@usp.br, gvr@usp.br, prg@usp.br, prpg@usp.br, prp@usp.br, prceu@usp.br, diretoria-each@usp.br, eca@usp.br, eef@usp.br, eeferp@usp.br
ee@usp.br, eerp@edu.usp.br, diretoria@eerp.usp.br, dge@eel.usp.br
, direesc@sc.usp.br, ep@usp.br, diretoria@poli.usp.br, diretor.esalq@usp.br, fau@usp.br, fcf@usp.br, fcfrp@usp.br, fd@usp.br, dirfdrp@usp.br
dirfea@usp.br, dirfea@usp.br, fe@usp.br, diretoria@ffclrp.usp.br, ffclrp@usp.br, fflch@usp.br, fm@usp.br, diretoria@fmrp.usp.br, diretor@fmrp.usp.br, fmvz@usp.br, dirfo@usp.br, fob@usp.br, forp@usp.br, diretor@fsp.usp.br, fzea@usp.br, iau.dir@sc.usp.br, scelesti@sc.usp.br, iag@usp.br
ib@usp.br, icbsedir@icb.usp.br, icb@usp.br, diret@icmc.usp.br, diretoria@if.usp.br, dirifsc@ifsc.usp.br, igc@usp.br, diretor@ime.usp.br, diretoria.io@usp.br, ip@usp.br, diretor@iq.usp.br, diretoria.iri@usp.br
A EDUCAFRO partilha com você a
Avanço na política de ações afirmativas
PÓS-GRADUAÇÃO
Instituições federais têm prazo de 90 dias para apresentar propostas de ações afirmativas
Mercadante destacou a necessidade de o país evoluir nas propostas: “Tivemos um avanço fantástico com nossa política de cotas, mas temos ainda um caminho a percorrer” (foto: Mariana Leal/MEC)Em encontro com servidores do Ministério da Educação, na tarde desta quarta-feira, 11, o ministro Aloizio Mercadante anunciou mais uma medida que representa avanço na política de ações afirmativas da educação brasileira. Ele assinou portaria que estabelece prazo para as instituições de educação superior apresentarem propostas de inclusão de negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-graduação.
“Tivemos um avanço fantástico com nossa política de cotas, mas temos ainda um caminho a percorrer”, disse Mercadante sobre o quadro de inclusão nos cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. “As universidades têm 90 dias, respeitadas as suas autonomias, para estabelecer as ações afirmativas.”
Além disso, as instituições devem formar comissões próprias para dar continuidade ao processo de discussão e aperfeiçoamento das ações. Segundo o titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Paulo Gabriel Nacif, esse ponto do documento também é importante porque põe em outro patamar a discussão sobre a presença de negros, pardos e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação. “Isso é algo que nunca existiu no Brasil”, disse Nacif.
“Essa discussão sempre foi marginal, e agora, por determinação do ministro, todos os programas, todas as universidades devem apresentar propostas para que a diversidade brasileira seja reconhecida e esteja presente nos programas.”
A portaria também dá à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a incumbência de coordenar a elaboração periódica de um censo discente da pós-graduação, que permitirá o acompanhamento das ações de inclusão. “Para a gente saber como está a evolução das pessoas com deficiência, dos negros e indígenas e para a gente, de fato, ter a segurança de que estamos evoluindo”, explicou Mercadante sobre um dos objetivos do estudo.
Conforme o documento, o MEC vai instituir grupo de trabalho para acompanhar e monitorar as ações previstas na portaria. “Precisamos lembrar que 53% da população brasileira se autodeclara negra; então, não é possível que a gente tenha o desenvolvimento científico-tecnológico do Brasil com 53% da sua população brasileira sendo excluída da sua elite”, salientou Paulo Nacif.
Parecer —Durante a reunião, o ministro também homologou parecer da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) que trata das diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial e continuada dos funcionários da educação básica. O objetivo é capacitar os funcionários da rede pública de educação básica para atender as especificidades nas diferentes etapas e modalidades desse nível de ensino.
De acordo com Mercadante, a qualidade da educação também passa pela capacitação e valorização dos não docentes. “Eles fazem parte das escolas, e a formação desses servidores é muito importante para a educação”, disse.
Assessoria de Comunicação Social
VAGAS DE ESTÁGIO !
Vagas de estágio para white Martins
10 vagas de estágio na white Martins do programa de diversidade e inclusão de negros
...
Cursos:
RJ: Direito, Economia, Contabilidade, Administração
SP (Osasco, Diadema, Bauru e Sertãozinho) : Engenharia (Mecânica, Produção e Química) e Administração
MG (Contagem): Engenharia (Mecânica, Produção e Química)
A partir do quarto período.
Depositar seu CV em www.educafro.org.br/jobs e enviar também para: leizervaz@gmail.com
até 24 de marco.