Caso de Racismo no Vôo da Gol - Vôo 1575 Salvador | São Paulo

A EDUCAFRO vem a público repudiar veementemente o episódio de racismo ocorrido ontem, 28 de maio, em um voo da Gol Linhas Aéreas com destino a São Paulo, saindo de Salvador (voo 1575). O fato de um comandante chamar policiais federais para obrigar uma passageira afro-brasileira, Samantha Vitena, a desembarcar do avião sem qualquer motivo minimamente plausível constitui uma atitude repugnante e inadmissível em pleno século XXI que não temos dúvida de afirmar que decorreu puramente do mais acintoso e declarado racismo.

A Gol Linhas Aéreas alegou que não havia mais espaço para acomodar a mochila a bordo, o que já foi desmentido pelo fato de que a bolsa já havia sido adequadamente guardada no espaço reservado para esse fim. Além disso, na mochila da passageira se levava um notebook, que só poderia ser transportado a bordo da aeronave. Portanto, a justificativa dada pela empresa para a ação do comandante é duplamente desmentida pelos fatos.

O caso é um exemplo claro de racismo, e a EDUCAFRO não pode permitir que uma empresa de grande porte como a Gol Linhas Aéreas perpetue esse tipo de atitude discriminatória e humilhante. Além disso, esse tipo de comportamento não afeta apenas a pessoa imediatamente atingida, mas a todas as pessoas negras que correm o risco de serem submetidas à mesma humilhação se a empresa não for obrigada a mudar seus procedimentos.

Infelizmente, esse não é um caso isolado. Em 2021, por exemplo, o biólogo Bruno Henrique Dias foi vítima de racismo em um voo da mesma companhia aérea entre Marabá e Brasília em virtude do seu penteado afro. A EDUCAFRO entende que a luta contra o racismo deve ser constante e que é preciso tomar medidas exemplares contra empresas que se mostram coniventes com atitudes discriminatórias.

A EDUCAFRO presta solidariedade à Samantha Vitena e já acionou seus advogados para estudar a adoção de medidas legais contra a Gol Linhas Aéreas. Acreditamos que esse tipo de atitude não deve ser tolerada em nossa sociedade e que é preciso unir forças para combater o racismo em todas as suas formas.
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Justiça Brasileira Aplica a Nelson Piquet, Condenação Milionária, por Racismo.

Para o Frei David Santos OFM, Diretor Executivo da Educafro Brasil, uma das entidades proponentes da ação, a sentença constitui um marco na aplicação do Direito Antidiscriminatório. “Fundamentos que ele utiliza na sentença mostram que o Judiciário brasileiro começa a se renovar e a se tornar mais justo para com os oprimidos. Ele, certamente, se preparou muito para julgar esse processo, pois esse conteúdo antirracista não é ensinado nas faculdades de Direito do Brasil. A justiça está, cada vez mais, voltando seu olhar para os injustiçados.”

Acreditamos que mais de 90% dos juízes brasileiros não possuem essa formação, pois as faculdades estão desatualizadas. Esse domínio antirracista não é dado em nenhuma faculdade de direito do Brasil, nem na USP. Todas as Faculdades de direito (e outras), sérias, deveriam criar uma matéria antirracista, imediatamente! Peça ao seu professor para debater essa sentença em sala de aula, imediatamente!

Em menos de 10 horas após a emissão da sentença, essa matéria já saiu em mais de 20 jornais do mundo!

Podemos contar com você e com sua entidade, grupo de redes sociais, etc. para aprofundar o debate?

Todos devem ler e debater essa sentença!
Vejam aqui o link da sentença na íntegra:

Clique aqui para ler a sentença.

Outros jornais repercutiram o caso:

Jornal Metrópoles

 

Mais oportunidades?
https://allmylinks.com/educafro